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2012 - Livro Vermelho 2013

Gaylussacia rhododendron Cham. & Schltdl. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 31-08-2012

Criterio:

Avaliador: Eduardo Pinheiro Fernandez

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Gaylussacia rhondodendron ocorre em Campos de Altitude e Florestas Ombrófilas Densas Altomontanas e Mistas, associadas ao Domínio Fitogeográfico Mata Atlântica, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Foi registrada frequentemente em unidades de conservação (Parque Nacional do Itatiaia, Parque Estadual da Serra do Mar e Estação Biológica Alto da Serra de Paranapiacaba), e de acordo com os dados disponíveis nas exsicatas das coleções, suspeita-se que a espécie não dependa de ambientes em avançado estágio de regeneração. Por esses motivos, a espécie foi considerada "Menos Preocupante" (LC) em relação ao seu risco de extinção.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Gaylussacia rhododendron Cham. & Schltdl.;

Família: Ericaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

​A espécie está relacionada com G. brasiliensis ver. brasiliensis. No entanto, diferencia-se desta por apresentar indumento hirsuto, cálice com tricomas glandulíferos e glândulas clavadas (Silva; Cervi, 2006).

Distribuição

Espécie endêmica do Brasil, de ocorrência em Mata Atlântica, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (Kinoshita; Romão, 2012). Existem dois registros de ocorrência da espécie para o Estado do Paraná (Smith, L. B. & et al., s.n., MOBOT 2457564; Hatschbach, G., 1543, MBM 39349). Silva; Cervi (2006) também citam a presença da espécie no estado do Paraná.

Ecologia

Arbusto, árvore, terrícola (Kinoshita; Romão, 2012), de 0,3-3 m de altura, podendo atingir, raramente, 6 m. No Parque Estadual da Serra do Mar a espécie apresentou floração e frutificação durante, praticamente, o ano todo (Takeuchi; Affonso, 2009). Espécies da família Ericaceae apresentam, geralmente, flores bissexuadas (Rapini, 2004).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes O Estado de São Paulo originalmente possuía aproximadamente 81,8% (20.450.000 ha) de seu território. Hoje, a Mata Atlântica no Estado representa cerca de 18% da remanescente no Brasil, concentrando-se ao longo do litoral e encostas da Serra do Mar, significando cerca de 8,3% da área do Estado e 83,6% da vegetação nativa ainda existente no Estado. Mesmo em áreas protegidas ocorrem ameaças como invasões de populações marginalizadas (favelização de manguezais e encostas), especulação imobiliária, mineração, extrativismo vegetal clandestino, caça e pesca predatórias, lixões, poluição da água, mar, ar e solo e chuva ácida sendo essas ameaças permanentes à conservação dos remanescentes da Mata Atlântica no Estado de São Paulo (Costa, 1997).

6.1 Atmospheric pollution
Detalhes Partes da Serra do Mar de São Paulo encontram-se vegetação alterada por conta da poluição oriunda do município de Cubatão, localizado no sopé da serra. Em especial, as áreas mais afetadas são o vale do Rio Mogi, junto a vila de Paranapiacaba e os Parques Represa Billings, Parque Miami e Jardim Riviera (PMSA, 2008)

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada "Presumivelmente Extinta" (PE) na Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004) e "Em Perigo" (EN) na Lista vermelha da flora do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Espécie de ocorrência no Parque Estadual da Serra do Mar (Takeuchi; Affonso, 2009).

Referências

- TAKEUCHI, C.; AFFONSO, P. Levantamento de Ericaceae Juss. no Núcleo Curucutu, Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo. Revista do Instituto Florestal, v. 21, n. 2, p. 131-138, 2009.

- SILVA, R. R.; CERVI, A. C. As Ericaceae Juss. Nativas no Estado do Paraná, Brasil. Acta Biológica Paranaense, v. 35, n. 1-2, p. 1-45, 2006.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE/DEUTSCHE GESSELLSCHAFT TECHNISCHE ZUSAMMENARBEIT (SEMA/GTZ). Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas de Extinção no Estado do Paraná, Curitiba, PR, p.139, 1995.

- KINOSHITA, L. S.; ROMÃO, G. O. Ericaceae in in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB007500>. Acesso em: 04 de Julho de 2012.

- RAPINI, A. Embriófitas, Material Didático, 2004.

- CARDOSO, M. C. S. DA; CARVALHO, C. J. B. DE. Áreas de Endemismo de Gaylussacia H.B.K., 1818 (Ericaceae, Ericales). Arquivos do Museu Nacional, v. 65, n. 2, p. 177-185, 2007.

- ROMÃO, G. O.STEHMANN, J.R. ET AL. Ericaceae. 2009.

- COSTA, J. P. O. Avaliação da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica - Cinco anos depois do seu reconhecimento pelo programa MaB - Unesco, Reserva da Biosfera da Mata Atlântica - Caderno 6, São Paulo, SP, 1997.

- PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ANDRé. Sumário de dados de Paranapiacaba e Parque Andreense - 2008, 2008.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.

Como citar

CNCFlora. Gaylussacia rhododendron in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Gaylussacia rhododendron>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 31/08/2012 - 11:58:38